09 de Maio de 2024 - Ano 10
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24/03/2024

Votação de PL, expansão de milícias, regularização fundiária: os motivos do assassinato de Marielle

Foto: Divulgação

Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, leu trecho de relatório da PF que fala sobre a motivação do crime

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, leu, neste domingo, uma reprodução do relatório da investigação da Polícia Federal sobre a motivação do assassinato da vereadora Marielle Franco.

 

No trecho, os agentes pontuam que o colaborador (Ronnie Lessa) apontou que o segundo trimestre de 2017 foi o período de origem do planejamento da execução da vereadora. Ele também afirmou que foi nessa época que Chiquinho Brazão demonstrava "descontrolada reação à atuação de Marielle para apertada votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016".

 

"No mesmo sentido, apontam diversos índicos do envolvimento dos Brazão, em especial do Domingos, em atividades criminosas, incluindo as relacionadas com milícias e grilagem de terras. Por fim, ficou designada a divergência no campo político sobre questões de regularização fundiária e defesa do direito de moradia".

 

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— Me parece que de todo o volumoso conteúdo de documentos que recebemos, esse é um trecho extremamente significativo que mostra pelo menos a motivação básica do assassinato da vereadora Marielle Franco. Ela se opunha justamente a esse grupo que, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, queria regularizar terras para usá-las com fins comerciais, enquanto o grupo da vereadora queria utilizar essas terras para fins sociais, fins de moradia popular — explicou.

 

O trecho do relatório foi lido pelo ministro ao explicar os motivos do assassinato da vereadora.

 

Segundo o ex-PM Ronnie Lessa, Marielle teria virado vítima por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio (Iterj) e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.

 

Em sua colaboração premiada, Lessa disse que a motivação apareceu durante a primeira reunião com os Irmãos Brazão, por volta de setembro de 2017. Segundo ele, foi nessa ocasião em que "surgiram as primeiras falas sobre a motivação do crime, que dão conta de que a vítima teria sido posta como um obstáculo aos interesses dos irmãos".

 

Lessa narrou que Domingos Brazão falou sobre os "obstáculos que a vereadora poderia representar". Sobre esse assunto, ele teria feito referências sobre reuniões que a vereadora teria feito com lideranças comunitárias da região das Vargens, na Zona Oeste do Rio, para tratar de questões relativas a loteamentos de milícia.

 

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O ex-PM ainda narrou que o infiltrado dos mandantes no partido da vereadora — identificado como Laerte Silva de Dilma — teria "sobrevalorizado ou, até mesmo, inventado informações para prestar contas de sua atuação como infiltrado", levando os irmãos Brazão ao "equivocado superdimensionamento das ações políticas de Marielle Franco" na área da Zona Oeste. Nas palavras de Lessa, Larte poderia ter "enfeitado o pavão".

 

Fonte: O Globo

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