A operação também apreendeu armas de fogo, R$ 200 mil em espécie e caminhões cheios de madeira ilegal
Em ação ação conjunta as polícias Civil e Militar do Amazonas realizaram nesta terça-feira a “Operação Flora Amazônica” para desarticular uma organização criminosa responsável por desmatamento e comércio ilegal de madeira no Estado.
Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos, simultaneamente, em Manaus e Manacapuru, na Região Metropolitana.
A operação é fruto de investigações do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil, que vêm ocorrendo há cerca de quatro meses.
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A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), com a participação do Ipaam, Ibama e Delegacia de Meio Ambiente.
O secretário de segurança, coronel Louismar Bonates, a delegada-geral da Polícia Civil, Emília Ferraz, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ayrton Norte, estão acompanhando a operação em Manacapuru.
Madeira ilegal apreeendida durante a operação
conjunta realizada nesta terça-feira
Interceptações telefônicas ajudaram a revelar a cadeia de atuação do grupo criminoso, formado por empresários moveleiros, serralheiros, extratores ilegais, motoristas e agentes públicos que recebiam propina para liberar as cargas ilegais.
O DRCO acompanhou, em sigilo, a apreensão de madeira transportadas pela quadrilha, o que deu maior robustez ao conjunto de provas.
Há mandados de prisão temporária para 35 suspeitos. Segundo a Polícia Civil, em dez meses, os membros da organização criminosa extraíram algo em torno de 9 mil árvores centenárias de regiões de mata nativa de Manacapuru.
A polícia apresentou R$ 200 mil em espécie
apreeneidodas com um dos alvos da operação
Espécies como Castanheira, Cupiuba, Seringueira, Angelim, Sumaúma, Cedro e Muiratingas, que eram extraídas e comercializadas ilegalmente nas duas cidades. O esquema criminoso envolve 12 serralherias de Manaus e Manacapuru, que misturavam a madeira ilegal com peças devidamente regularizadas como forma de burlar a fiscalização de órgãos ambientais.
De acordo com a investigação, 95% da madeira vendida pelos empresários desse esquema era de origem criminosa. O material abastecia o comércio das duas cidades e a liderança era exercida por um núcleo empresarial, que fomentava a prática dos crimes ambientais e planejava represálias à delegados.
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Durante a operação os policiais prenderam 36 pessoas que
faziam parte da organização criminosa (Fotos: Divulgação)