Tantra é uma prática indiana milenar que remonta a mais de 5.000 anos. Em sânscrito, a palavra tantra significa entrelaçado. Pessoas que praticam meditação budista e hindu também podem praticar sexo e massagem tântrica como uma forma de “entrelaçar” o físico com o espiritual.

Enquanto a velha e tradicional transa muitas vezes serve como uma busca para atingir o orgasmo o mais rápido possível, o sexo tântrico prioriza a conexão em vez do clímax, o prazer em vez da performance e a profundidade espiritual em vez da profundidade da penetração.

A terapeuta tântrica Fernanda Zorzo explica que o tantra é um caminho espiritual e filosófico que integra corpo, mente e energia para expandir a consciência. “Não é errado buscar o Tantra pela sexualidade — mas é limitado. Quando você vai além, descobre que ele transforma toda a sua vida, não só o sexo.”

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“Não é ‘errado’ no sentido moral procurar por essa razão. Todo mundo chega a certos caminhos a partir das necessidades que sente no momento, mas quero reforçar alguns pontos: se a pessoa busca apenas técnicas para ‘transar melhor’, sem autoconhecimento ou consciência, provavelmente vai perder a essência do tantra”, acrescenta.

Principais benefícios:

Mais consciência corporal e emocional – aprender a sentir e escutar o próprio corpo.

Gestão de energia e estresse – respirações e práticas sutis que acalmam o sistema nervoso.

Autoconhecimento profundo – integração de aspectos “luz e sombra” da psique. Melhoria nos relacionamentos – comunicação mais aberta, intimidade consciente.

Expansão da espiritualidade – sensação de conexão com algo maior, mais profundo.

Integração de prazer e espiritualidade – perceber o corpo e a energia sexual como algo sagrado e transformador, não separado do caminho espiritual.

MAS, O QUE ESPERAR DA TERAPIA TÂNTRICA?

Tantra não é apenas uma prática sexual. É uma filosofia oriental que abrange diversos conceitos espirituais. Segundo Fernanda, a chave do tantra é não ter pressa.

“Para liberar o prazer, precisamos desaprender vergonha, culpa e padrões que nos bloqueiam — como comparações e até a ideia de que prazer é errado. Também é essencial desaprender a pressa e a vida no automático. Quando soltamos esses condicionamentos, o prazer se transforma em energia consciente, trazendo mais conexão com nós mesmos e com o momento presente”, acrescenta.

EXERCÍCIOS PRÁTICO

Fotos: Reprodução

Deite-se ou sente-se confortavelmente e feche os olhos (pode usar uma venda, inclusive).

Inspire fundo pelo nariz e expire lentamente pela boca, percebendo o corpo.

Percorra mentalmente o corpo dos pés à cabeça, como se estivesse fazendo um escaneamento, e, a cada expiração, relaxe uma parte do corpo, até se sentir completamente entregue e relaxado.

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Coloque as mãos no peito e imagine a energia subindo ao coração e se espalhando pelo corpo. Após isso, pode adicionar também o toque sutil pelo corpo (caso tenha dúvida do peso das mãos, pode usar uma pena — lembrando de passar bem devagar).

Fonte: Metrópoles