02 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Política - Eleições 2022
23/06/2022

PSDB pode rediscutir apoio a Tebet, diz Eduardo Leite

Foto: Reprodução

Ex-governador do Rio Grande do Sul cobra reciprocidade de emedebistas do estado para retirar pré-candidatura de Gabriel Souza e marca encontro com Pedro Simon

Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite (RS) afirmou ao GLOBO que o impasse entre PSDB e MDB na eleição gaúcha coloca em xeque a aliança nacional pela pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS). As duas siglas e o Cidadania fecharam uma coligação no início do mês, mas os tucanos cobraram reciprocidade não só no Sul como também em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, o que até o momento não ocorreu.

 

Ao formalizar o acordo e abrir mão de ter um candidato ao Palácio do Planalto pela primeira vez na história do partido, os tucanos sabiam que a contrapartida nos estados seria difícil, mas deixaram claro que a prioridade era o apoio no Rio Grande do Sul. Lá, o MDB, que já governou o estado por quatro vezes, resiste à pressão da sua direção nacional e não quer desistir da candidatura de Gabriel Souza, que é deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa.

 

Em entrevista ao GLOBO, Leite frisou que a sustentação da candidatura presidencial de Tebet passa pelo fortalecimento dos palanques regionais, principalmente na eleição gaúcha.

 

Veja também 

 

Ministro da Justiça diz a TSE que cogita 'programas próprios' de auditoria nas eleições, diz jornal

 

'Eu estarei em um palanque eleitoral defendendo a democracia', diz senadora sobre 2º turno

"Não se trata apenas de uma contrapartida por um apoio político. Trata-se de uma demonstração clara de um entendimento num projeto nacional. O PSDB está apresentando isso ao abrir mão (de uma candidatura própria). Se o parceiro no projeto não demonstra o mesmo sentimento, a relação precisa ser discutida", afirma o ex-governador gaúcho.

 

Ele sugere que, da mesma forma que o PSDB quebrou uma tradição e desistiu da candidatura própria ao Planalto, o MDB precisa fazer um gesto de desprendimento no Rio Grande do Sul, onde a sigla nunca deixou de lançar candidato.

 

"Que projeto é esse que estamos construindo em que não se abre espaços para fortalecer o (acordo) nacional?", questiona o ex-governador.

 

O gaúcho disse ter esperanças de que haja um "entendimento" com os emedebistas, mas nos bastidores seus aliados veem a aliança com ceticismo. Na tentativa de quebrar resistências, ele deve se encontrar nos próximos dias com o ex-senador Pedro Simon, um dos líderes do MDB local e que é contrário a retirar a candidatura ao governo gaúcho.

 

"A minha lógica é da construção. Espero que a gente chegue a um termo para firmarmos uma parceria nacionalmente e que tenha a sua correspondência nos principais palanques nos estados", disse o ex-governador.

 

LONGE DA PRESIDÊNCIA 

 

Questionado se ainda avalia a possibilidade de uma candidatura nacional pelo PSDB em caso de rompimento da sigla com o MDB, o governador descarta a possibilidade:

 

"Não considero (essa possibilidade). Todo o meu foco está no Rio Grande do Sul."

 

Leite também comentou a polêmica recente em que se envolveu. Ao tratar da quebra de sua promessa de campanha de não concorrer à reeleição, ele voltou a dizer que não mudou os seus princípios e que não concorrerá ao governo investido do cargo, o que poderia lhe dar uma vantagem desproporcional em relação aos demais concorrentes.

 

Ele citou ainda o caso que envolve o recebimento de uma pensão de R$ 20 mil para ex-governadores desde maio. O partido Novo entrou na Justiça para questionar o pagamento do benefício. Leite minimizou a polêmica e disse que decidiu abrir mão do recebimento do benefício para evitar “narrativas distorcidas” e ataques durante a corrida eleitoral pelo comando do Palácio Piratini.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

"Vivemos um tempo de narrativas que acabam levando o debate para uma mentira ou piada, como se estivesse algo de ilegal, quando houve estritamente o cumprimento da legislação", explica. "Em São Paulo, entre outros estados, os ex-governadores têm um apoio com segurança, motorista e estrutura. O Rio Grande do Sul não tem nada disso. O que tinha era a previsão de um subsídio vitalício até o governador anterior a mim. Mas a Assembleia Legislativa trocou isso por um benefício de quatro anos. E a própria lei previa que o governador receberia ao tempo proporcional ao mandato, justamente para a hipótese de uma renúncia e receber um valor proporcional ao mandato cumprido." 

 

Fonte: iG 

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.